terça-feira, 8 de setembro de 2015

[RESENHA] Clarissa - Erico Veríssimo

Booa noite gente !!
Aproveitando que ja estou aqui, e para matar a saudade, por que não ?? Mais uma resenha quentinha.
Clarissa é literalmente o primeiro romance de Erico, não foi lá um sucesso como 'Olhai os lírios do campo' que logo logo falarei sobre também, mas é um livro bem interessante.
Clarissa como Erico enfatiza é inocente, sabe daquele tipo que está começando a conhecer a vida ?? Pois é, saindo da infância e indo para a adolescência, ela não é totalmente adolescente ainda, nem criança por completo, um meio termo diria, se isso for possível. Do tipo que brinca de roda no quintal, e em outro momento está pensando em primeiro beijo, namoro, e independência. O livro é cheio disso, de questionamentos que Clarissa faz em relação das coisas a sua volta. Ela vivia no interior e vai estudar na capital e fica morando na casa de sua tia, que na verdade é uma pensão, e ela passa observar o comportamento de cada um que reside ali.
Uma coisa que está escrito no prefácio do livro e concordo com quem escreveu é que Veríssimo se esconde atrás de Clarissa, sabe aquela coisa de um adulto escrever sobre criança ?? Não que seja uma coisa absurda mas ja teve a impressão de ler algo onde o personagem é adolescente mas não ter comportamento característico ?? Eu já, e isso é estranho, mas Erico não gente, que escrita linda. Uma coisa que gostei foi que no final do livro não é um final propriamente dito mas uma oportunidade de "viver" criar suas experiências.
Bom, vou ficando por aqui gente, se cuidem, espero que gostem da leitura!! ;)

[Resenha] Amnésia - Jennifer Rush

Confesso que tive resistência para ler esse livro por não curtir muito narrativas em primeira pessoa, mas me surpreendi bastante.
Sem enrolação e vamos para o que interessa...
 Bom, como o nome já diz, são no início quatro rapazes que tem suas memórias arrancadas em alterações no laboratório, e eles passam cinco anos de suas vidas ali, no laboratório, sofrendo ajustes e alterações sabe se lá para que. Acontece que o laboratório é embaixo de uma casa de fazenda, onde Anna mora com seu pai, e ele é quem chefia o "projeto". Até certo ponto Anna não sabia da existência dos rapazes, mas em um dia propício ela descobre e começa a ajudar, levando coisas que os rapazes pedem e acaba se tornando amiga deles.
Sam é um dos rapazes e lider do grupo, ele sempre desconfia de tudo e todos, ah...lembrando que apesar das alterações eles sempre tinha flashes de suas memórias antigas, voltando ao Sam...ele é quem tinha mais flashes de memória. Certo dia quando os caras em que pai de Ana era subordinado, vai à casa da fazenda fazer inspeção periódicas nos garotos. Intensionalmente, Anna avisa a eles sobre a suposta visita, o que ela não sabia era que Sam ja estava planejando a fuga deles. No dia na 'inspeção periódica', ja tudo planejado na cabeça, Sam consegue se libertar e os outros também, aah detalhe, o pai de Anna que não estou lembrando o nome, meio que se manteve no programa de alterações para proteger os garotos pois não sabia os reais planos com as alterações, por isso os cinco anos na casa. E quando, eles conseguem sair da câmara que os prendia em forma de laboratório, Pai de Anna, não os impede de fugir, mas pede que leve Anna junto, por temer que seus superiores fizessem algo à ela. E assim eles vão em busca de descobrir suas reais identidades, e de alguma forma recuperar suas memórias perdidas. No começo confesso que achei muito clichê, mas cara, me surpreendeu saber do desenrolar da história, como a autora ligou todas as informações, e como contou para nós tudo isso. Recomendo a leitura e espero que se divirtam.
Boa noite e até a próxima ;)

sábado, 28 de março de 2015

~Volta ao Castelo ~


Hoje é segunda, cheguei tem uns quarenta minutos, depois de uma viagem cansativa eu quero dormir para repor as energias, como sempre, estou com o caderninho onde anoto aquilo que é importante o suficiente ou que marcam o dia. Como da última vez disse,eu amo esse lugar, não sei se é o castelo, o clima, ou a presença do rei.
O castelo é maravilhosamente trabalhado, suas paredes brancas no salão principal, onde sempre acontece as festividades, mas o que eu gosto mesmo é o corredor escuro que leva para os quartos, me disseram que eu poderia escolher qualquer um dessa vez, quando estive aqui anteriormente, fiquei com o segundo quarto da direita pois os outros já estavam todos ocupados, mas dessa vez não tem visitas no castelo, é até estranho a ideia de um lugar desse tamanho e com  tão pouca gente, esse verão é só eu e a filha do rei, acho que tem uma convenção de especiarias na cidade, segundo me diseram, eu não me importo em ficar dois, três ou até uma semana sozinha, aliás eu vim para passar as férias, um escape dos compromissos que tenho me esperando, na pilha de documentos para organizar, mas eles teram que esperar dois meses.
Bom, eu escolhi o quarto espelhado, mas estou quase me arrependendo, esses espelho dispostos na parece iram refletir a luz do sol que irá me acordar todas as manhã com certeza. Mas é tudo tão lindo, cada espelho colocado nas quatro paredes que é difícil não apreciar, os armários são de uma madeira antiga, mas não perdeu seu valor, tudo bem conservado, percebi que tem uma sacada que dá vista para o jardim, isso é uma coisa diferente, no meu último quarto só tonha uma janela que dava vista para lugar nenhum.
O clima é típico de verão, sol radiante, mas é tão fresco dentro do castelo, diria que quase gelado, dá perfeitamente para sentir o contraste, quando cheguei, vim da estação e o ar estava muito seco e quente, quando pisei na entrada que leva ao castelo, parece que entrei até em outra realidade, e é, com certeza. As noites são frescas aqui dentro, será ótimo observar as estrelas nessa sacada.
O rei é atencioso, apesar de gostar de uma festa e de agitação, sempre tem disposição de parar um pouco e conversar, ele não está aqui, mas já me avisaram que o verei no jantar. Eu gosto de vir aqui para me livrar da rotina, esse lugar é calmo e vazio dependendo da época do ano, dá para passar o dia todo observando a vista, os campos, o jardim, as videiras ou simplesmente, ler um livro na sacada desse quarto...
A presença do rei me agrada, ele está sempre disponível para receber visitas, claro que tenho que avisar antes de vir, apesar, reis tem suas responsabilidades, mas ele sempre respondeu minhas perguntas e me deu livre acesso ao castelo, nesse verão posso explorar cada cômodo, será uma grande jornada.
Esse lugar é meu "escape" de tudo, aqui parece ter um clima diferente de tensão, o jeito como cada um lida com tudo, eu sei que posso está enganada pois da última vez minha estada foi de três dias somente, mas dessa vez fico mais tempo e comprovarei, como funciona esse "mundo", mas não deixa de ser uma aventura. Preciso dormir um pouco, estou exausta da viagem e preciso está bem no jantar, será uma grande noite.

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quinta-feira, 26 de março de 2015

~A noite~ [ Rafael Lopes ]



Sonhava, pensava, sonhava, pensava...
O olhar, a expressão do rosto e principalmente a voz o denunciava, um "mundo" novo se abria, eu não conseguiria explicar com exatidão, mas quem olhava aqueles olhos e ouvia aquela voz, saberia a sensação que é. Não precisaria de esforços extremos, apesar que ele nunca estava acomodado, sempre procurando melhorar. Isso era o seu diferencial, nunca estava satisfeito e justamente isso era o que motivava a fazer melhor da próxima e da próxima vez.
Estarei mentindo se dizer que todos no salão admiravam aquela voz que fluia, tem aqueles que o observa só para descobrir seus pontos fracos, ou simplesmente algo que pudesse dá ao luxo de criticar. Verdade seja dita, ele causava alvoroço, mas tenho a plena certeza de dizer que quando essa canção terminar, terá mais pessoas em pé aplaudindo do que sentadas indiferentes, nesse lugar tem uma quantidade considerável de pessoas que sabem admirar uma bela arte e um belo talento, e que talento !!
E eu incrédula não espera muito dessa noite, já estava com raiva o suficiente, é difícil começar um grande negócio sem suas chateações, os fornecedores estam atrasando suas entregas e só está trazendo reclamações, não imaginava que aqui, seria um calmante para todo o alvoroço do dia. Estou me sentindo melhor, talvez nunca o verei novamente ou ouvirei, mas esse instante merece ser curtido várias e várias vezes, com certeza só pode ser dom divino tamanho é o talento.
Bom, agora são quase outro dia, mais especificamente onze horas da noite e quarenta e cinco minutos. Não sei o real motivo do por que me convenci de está nessa festa hoje, mas  posso dizer que valeu cada minuto, valeu ter me estressado o dia todo para ter o prazer de desfrutar dessa noite.
A movimentação da festa já está acabando, pessoas cansadas de dançar ou que tem compromissos amanhã estão indo embora, mas o clima continua o mesmo. A noite fresca,clima tranquilo e lógico o ambiente que foi criado com o espetáculo, aquela canção foi relaxante e determinou como seria a noite. Nos guiou tranquilamente rumo à uma noite maravilhosa...



P.S: Rafa, espero muito muito que tenha gostado.

terça-feira, 10 de março de 2015

~A Batida da Música~ [ Leandro Lopes]


E não podia ouvir a batida da música que seu corpo já se eriçava, cada músculo mandando uma mensagem para seu cérebro dizendo que era hora da dança.
Bum, bum, bum a batida o conduzia, não conseguia se controlar, simplesmente ia levando...
Se deixava mergular nas águas daquele som que para alguns era só um barulho qualquer, mas para ele, era um mundo se abrindo, o chamando para a pista, não precisava de movimentos nem passos progamados, por que a própria batida delegava isso. Cada nota, cada acorde, cada conjuntos de som, falava o que seu corpo ia fazer, se ia saltar ou girar, tudo era conduzido naquela pista, não precisaria de esforços por que tudo descorria naturamente.
Ah se aquilo tudo fosse um reino, ele seria o rei daquela batida, pois era ele que traduzia  cada som com o seu corpo, havia uma intimidade incomum entre eles. Era difícil evitar, quando se precisava "traduzir" aqueles sons, ele era pronto para o fazer, quase que involuntariamente. Estava delegado para essa função desde muito tempo, sentia prazer em  fazer, era uma função tão prazerosa que para ele não tinha hora ruim para seu subconsciente transformar cada lugarzinho, pedacinho em uma pista dançante, não importava se estava só ou acompanhado mas sempre era festa, e o lugar perfeito para fazer o que um rei faz em seu reino, comanda e ordena. Aqui no seu reino, ele é um rei incomum,  ele faz apesar de tudo, não está só lá fiscalizando, mas realmente usando seu dom para ajudar, trazendo alegria e descontração ao povo.
Quando a música começava o seu "mundo" também começava, via-se o prazer e satisfação explícito no seu rosto. Ah...Se todo dia fosse festa, se todo dia vivesse essa alegria, mas com ele era, alegria todos os dias. Hoje é dia de eu ir embora, mas logo logo voltarei para viver essa aventura com essa alegria, quero observar mais desse mundo.

PS:Vampiro, espero que vc goste querido, bom tentei mostrar um pouco do seu dom usando meu dom, através da literatura.


segunda-feira, 2 de março de 2015

O silêncio



As folhas estão de um lado, vejo a luz piscando do celular que está no modo vibratório, uma ou duas páginas não lidas do livro que já eram para ter sido lidas, mas continua ali...
Não quero sair daqui, vou ficar até eu bem quiser por que aqui é meu lugar e de ninguém mais, nele posso ser quem eu quiser, já fui rainha, princesa e também a vilã, hoje quero quem sabe ser o silêncio. Ele entende, se inclina para ouvir o que tem a dizer...
Não retruca se não quiser dizer nada, sabe o seu lugar, reconhece que temos fraquezas e as vezes ele aceita só nossa companhia, é tão discreto que sem perceber te leva a pensar nas mais diversas coisas, as vezes nas resolução de algum problema ou simplesmente deixar tudo mais calmo. Ele é eficaz constantemente, quem nunca parou e no silêncio de tudo achou a resposta que já estava na sua mente mas não enxergava ??
Pois é, o silêncio nos ajuda a achar a resposta, as vezes algo que já sabíamos mas que com tantos afazeres, passa desapercebido. Ou talvez formular uma solução, te ajudando a olhar para um ângulo não visto ou não muito notado.
Hoje não serei o silêncio, mas serei quem curte o silêncio, pelo menos nas poucas horas que me restam do dia, antes de ver quem está ligando para mim no celular, antes de terminar a leitura, e até antes de organizar meu arquivos. Quero ostentar um tempinho no silêncio, sem ser interrompida pelas coisas que já ouço todos os dias, mesmas reclamações, mesmos problemas...
Por que sou quem eu quero agora, O apreciador da quietude, que não quer ser interrompido pelo menos por um tempo, depois eu saio daqui e volto à normalidade.






sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Anestesiados


Ah... Aqueles olhos que me transmitiam paz
O sorrisso que me cativava...
As palavras que eram músicas aos meu ouvidos
Ah... O tempo não passava, era sempre dia
No nosso tempo tinha tempestades,
mas logo se abria um arco - íris radiante
A realidade era um sonho, que era difícil de acordar
Sempre vinha aquele medo de isso tudo acabar
A angustia nos seguia de perto,
Aflitos que um dia tudo isso ia não mais existir...
Ah... Fizemos varias viagens no mesmo lugar,
Uma vez nas montanhas, nos rios e no ar
Flutuando sempre no mesmo sonho
Desejosos que ele nunca ia nos deixar...

Mas deixou, acabou...
Nós crescemos, o "encanto" se foi.
Os olhares se cruzam e não é paz que vemos
Através dos seus olhos vejo
a minha imagem refletida
O tempo nos mostrou a outra face do real
O sorriso, ah, ele mostra a sua felicidade
não me cativa mais pois,
Não vale a pena buscar algo que não existe
As suas palavras em mim não causam efeitos
Estou dançando conforme a minha música agora
Não aquela que você "cantava" para mim.
A realidade é que não conseguíamos ver no início
Somos melhores sozinhos, eu aqui e você ai
Nossas convicções se dão
melhores separadas do que unidas
Aliás, na verdade elas nunca iam aceitar essa união.
Estavamos só anestesiados com aquela coisa,
Acho que é paixão
Que bom que despertamos a tempo
Do sonho que nunca imaginávamos acordar.